[PLR] Em reunião, TST recomenda acordo entre ECT e trabalhadores
23/10/2014 14:21
A Empresa de Correios e Telégrafos continua mostrando sua intransigência junto aos trabalhadores. Durante reunião no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na última quarta-feira (22), em Brasília, os representantes da patronal repetiram a mesma proposta em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que já está há meses atrasada, rejeitada por grande parte dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect). Na proposta, a ECT quer impor, desde já, valores para as PLRs de 2014 e de 2015. Atuando como “mediador”, o ministro do TST responsável pelo caso, Ives Gandra, recomendou um acordo a ser avaliado pelas bases sindicais até o dia 28 de outubro, em Assembleias Gerais.
1.Proposta da ECT
Pagamento da PLR de 2013 até outubro de 2013 (já deveria ter sido paga desde maio deste ano). Valores a serem pagos desde que “categoria aceite assinar conjuntamente a PLR de 2013, com as de 2014 e 2015”. Na proposta da empresa, o pagamento estaria atrelado ao acordo prévio sobre critérios e metas da PLR 2014 e 2015. Ora, como uma porcentagem de lucros pode ser definida antecipadamente? Os Correios, agora, querem prever o futuro?
PLR 2013 (Valores)
• Para faixa salarial de até R$ 4mil: R$ 614,90
• Para quem recebe mais de R$ 8mil: R$ 711
2. Contraproposta do TST
A contraproposta defendida pelo Tribunal deve ser avaliada tanto pela ECT como pelos trabalhadores. Os correios precisam leva-la, ainda, ao DEST ligado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
• Pagamento da PLR 2013 até o final de outubro
• Assinatura conjunta da PLR de 2014 (mesmos critérios do ano passado)
• Pagamento da PLR a título de Parcela de Incentivo à Ampliação de Produtividade e Resultados, mais 25% do valor repassado ao Governo.
• Trabalhadores a ECT continuarão negociando PLR 2015 até data limite de 17 de novembro de 2014.
Entenda a proposta do TST:
Se a ECT lucrar 100 milhões em 2014, terá que repassar para o Governo R$50 milhões e para os trabalhadores 25% deste valor. Caso a direção da ECT ou as assembleias de trabalhadores rejeitem tal recomendação, os Correios terão permissão de pagar (a título de adiantamento da PLR 2013) apenas 25% dos dividendos pagos ao Governo. O valor corresponde a R$ 38,6 milhões. Com isso, a PLR não chegará aos míseros R$ 300 reais por trabalhador.